A Comissão Lancet sobre prevenção, intervenção e cuidados com a demência identificou 14 fatores de risco que podem ser modificados para reduzir significativamente a incidência de demência. Novos fatores como a perda de visão e altos níveis de colesterol LDL (colesterol ruim) foram adicionados à lista anterior.
Os 14 Fatores de Risco Incluem:
- Educação
- Perda auditiva
- Depressão
- Traumatismo craniano (esportes e ciclismo)
- Atividade física
- Fumo
- Hipertensão
- Obesidade
- Diabetes tipo 2
- Consumo de álcool
- Isolamento social
- Poluição do ar
- Perda de visão
- LDL elevado
Impacto Global
Se todos esses fatores fossem abordados, como fornecer educação de qualidade a todos, combater a obesidade e reduzir a poluição do ar, o risco global de demência poderia cair em 45%. Aproximadamente 7% do risco de demência pode ser atribuído ao alto LDL, tornando-o um dos fatores de risco mais significativos, junto com a perda auditiva não tratada. O isolamento social e a baixa educação também contribuem significativamente para o risco de demência.
Ação Prática
Para adultos com diabetes, os profissionais de saúde devem enfatizar a importância de cumprir os níveis de atividade física recomendados como uma estratégia alternativa para reduzir o tempo sentado. Estudos mostraram que altos níveis de atividade física podem mitigar os efeitos prejudiciais de ficar sentado por longos períodos.
Estudos e Análises
Pesquisadores conduziram um estudo que examinou a associação entre o tempo sentado e a mortalidade geral e por doenças cardíacas em adultos com diabetes. Eles descobriram que sentar por mais de 8 horas por dia aumentava significativamente o risco de morte em adultos inativos e insuficientemente ativos, mas não em adultos ativos.
Intervenções e Políticas
A implementação de políticas como aumentar os preços do álcool e do cigarro, reduzir o sal e o açúcar em alimentos comerciais e exigir o uso de capacetes para ciclistas pode ter um impacto significativo na saúde pública. Por exemplo, aumentar o preço do álcool na Escócia reduziu o consumo semanal em média e levou a menos casos de demência relacionada ao consumo de álcool.
Conclusão
Priorizar recursos para reduzir esses fatores de risco e implementar políticas eficazes pode prevenir ou atrasar a demência e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas e suas famílias. A implementação dessas medidas também traria benefícios para outras doenças não transmissíveis, fortalecendo ainda mais o argumento para ações imediatas e eficazes.
Fonte
A atualização foi liderada por Gill Livingston, MD, da University College London, e publicada no The Lancet. Os dados foram apresentados na Conferência Internacional da Associação Alzheimer.